A Google continua a acelerar no desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial e acaba de revelar uma atualização significativa para o seu modelo de geração de imagem. Batizado de Nano Banana Pro, o novo sistema promete elevar a qualidade visual, oferecer um renderização de texto mais precisa e, numa novidade interessante, a capacidade de pesquisar na internet para enriquecer os resultados.
Este lançamento surge na sequência da chegada do Gemini 3, o mais recente modelo de linguagem da empresa, que serve de base para esta nova ferramenta gráfica.
Qualidade profissional e controlo total
O Nano Banana Pro posiciona-se como uma evolução direta do seu antecessor, o Nano Banana, focando-se em oferecer um controlo muito mais granular aos profissionais criativos. Segundo a Google, os utilizadores poderão manipular aspetos técnicos da imagem gerada, como ângulos de câmara, iluminação da cena, profundidade de campo, focagem e até a gradação de cores.
Uma das maiores limitações do modelo anterior era a resolução, que estava limitada a 1024 x 1024 píxeis. Com a versão Pro, é agora possível gerar imagens em resoluções 2K ou até 4K, garantindo um nível de detalhe muito superior. A Google destaca ainda a capacidade do modelo em gerar texto coerente em diferentes estilos, tipos de letra e idiomas, resolvendo um dos problemas mais comuns nas IAs generativas de imagem.
No entanto, esta qualidade tem um custo. A empresa nota que o Nano Banana Pro é mais lento e dispendioso de operar do que o modelo original. Enquanto o modelo base custava cerca de 0,039 dólares por imagem, a nova versão custa 0,139 dólares para imagens 1080p ou 2K, subindo para 0,24 dólares para criações em 4K.
Pesquisa na web e integração no ecossistema
Para além da qualidade visual, o modelo destaca-se pela sua capacidade de pesquisar na web. Isto permite, por exemplo, pedir à IA que procure uma receita específica e gere cartões de memória visuais baseados nessa informação. O sistema consegue também utilizar até seis imagens de alta fidelidade como referência ou misturar até 14 objetos numa única composição, mantendo a consistência visual de até cinco pessoas diferentes.
A Google está a integrar o Nano Banana Pro em todo o seu ecossistema de produtos. Os subscritores do plano Google AI Plus, bem como dos níveis Pro e Ultra, terão limites de geração mais elevados e acesso ao modelo através do NotebookLM.
A ferramenta estará também disponível na pesquisa através do Modo IA (para subscritores nos EUA), na ferramenta de vídeo da empresa, o Google Flow, e ainda nas aplicações de produtividade Workspace, como o Google Slides e o Google Vids.
Para os programadores, o acesso ao modelo será feito através da API do Gemini, do Google AI Studio e do novo IDE da empresa, o Google Antigravity.
A preocupação com a autenticidade mantém-se presente, com a Google a integrar o SynthID na aplicação Gemini. Esta tecnologia adiciona uma marca de água invisível para detetar imagens geradas por IA, permitindo aos utilizadores verificar se um conteúdo foi criado ou modificado pelos modelos da empresa.
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