Strava recua e retira processo contra a Garmin em tempo recorde

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Durou apenas 21 dias a batalha legal que prometia abalar o mundo da tecnologia de fitness. O Strava, a popular plataforma de registo de atividades físicas, desistiu voluntariamente do processo judicial que tinha movido contra a Garmin por violação de patentes, pondo um fim abrupto a um conflito que mal tinha começado.

A batalha que durou três semanas

No início do mês, o Strava avançou com um processo judicial acusando a Garmin de infringir as suas patentes relacionadas com funcionalidades populares como os mapas de calor (heat maps) e os segmentos. A empresa pedia ao tribunal que travasse a venda de praticamente toda a gama de produtos da Garmin que, segundo a sua interpretação, violavam as suas tecnologias.

A disputa escalou quando Matt Salazar, Diretor de Produto do Strava, publicou um post no Reddit a “pôr os pontos nos is”. Salazar afirmou que a ação legal era uma resposta às diretrizes da API da Garmin, que alegadamente exigiam que o logótipo da marca estivesse presente em todas as publicações de atividades, ecrãs e gráficos, transformando o Strava e outros parceiros numa “plataforma de publicidade”.

O recuo súbito e as razões por detrás do silêncio

Com a mesma rapidez com que começou, a guerra terminou. O Strava retirou o processo, numa reviravolta que apanhou muitos de surpresa. A empresa não emitiu qualquer comentário sobre os motivos que levaram a esta decisão.

No entanto, segundo o especialista DC Rainmaker, que avançou a notícia, a razão poderá estar na fragilidade do caso do Strava, especialmente no que diz respeito às patentes dos mapas de calor. É provável que conversas à porta fechada entre as duas empresas tenham levado a este desfecho. A Garmin possui um vasto portefólio de patentes e um forte historial na sua defesa em tribunal, o que pode ter levado o Strava a reconsiderar a sua posição.

Uma parceria tremida com um IPO à vista

A decisão inicial do Strava foi vista como arriscada, considerando a forte dependência que a sua plataforma tem dos dados provenientes dos dispositivos Garmin. A relação de longa data entre as duas gigantes da tecnologia de fitness ficou, sem dúvida, abalada.

Perder o acesso à vasta legião de utilizadores de equipamentos Garmin poderia ter sido catastrófico para a empresa de São Francisco, especialmente numa altura em que planeia a sua entrada em bolsa (IPO) para o próximo ano. Ao que tudo indica, a paz, ainda que tensa, foi a opção mais sensata para o futuro do Strava.



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