Stop Killing Games: Petição atinge novo marco apesar de luta complicada

The Cyber Tunnel
0

Stop Killing Games

Uma petição criada por jogadores para impedir que as empresas tornem os jogos comprados injogáveis alcançou um marco histórico. A iniciativa Stop Killing Games ultrapassou um milhão de assinaturas, o que obriga a União Europeia a analisar a questão e a considerar nova legislação. No entanto, o movimento enfrenta agora dois grandes desafios: a validação das assinaturas e a forte oposição de gigantes da indústria.

O gatilho que uniu os jogadores

A campanha, liderada por Ross Scott, surgiu como uma resposta direta à controversa decisão da Ubisoft em 2024. A empresa não só retirou o jogo The Crew das lojas online, como também desligou os seus servidores e, mais criticamente, revogou as licenças dos jogadores que tinham comprado o título, tornando-o completamente inacessível. Para Scott e muitos outros, esta ação abriu um precedente perigoso, onde os jogadores podem perder o acesso a jogos pelos quais pagaram, ao critério exclusivo da editora.

Um milhão de assinaturas (mas são precisas mais)

Apesar de o objetivo de um milhão de votos ter sido atingido, o caminho ainda não está livre. Num vídeo publicado no YouTube, Ross Scott explicou que muitas assinaturas podem ter sido preenchidas incorretamente ou até mesmo submetidas de forma fraudulenta. “Isto não é uma petição do change.org, é um processo governamental”, afirmou Scott, acrescentando que “falsificar assinaturas é crime”. Para garantir que o número de assinaturas legítimas é suficiente após a verificação, o fundador do movimento apela a uma margem de segurança de pelo menos 10%. Até à data de 6 de julho, a petição já conta com mais de 1,2 milhões de assinaturas.

A indústria reage: gigantes como a Microsoft e Nintendo opõem-se

O maior obstáculo poderá vir da própria indústria. A Video Games Europe, um grupo de lobby que representa grandes estúdios e editoras como a Electronic Arts, Microsoft e Nintendo, emitiu um comunicado onde se opõe firmemente à iniciativa. O grupo argumenta que forçar a manutenção dos jogos seria prejudicial.

“Os servidores privados nem sempre são uma alternativa viável para os jogadores, pois as proteções que implementamos para proteger os dados dos utilizadores, remover conteúdo ilegal e combater conteúdo comunitário perigoso não existiriam, deixando os detentores dos direitos responsáveis legalmente”, pode ler-se no comunicado.

Num relatório mais detalhado, o grupo acrescenta que estas propostas iriam “aumentar os custos e os riscos de desenvolver tais jogos”, criar um “efeito inibidor no design de jogos” e “servir como um desincentivo para disponibilizar esses jogos na Europa”. A batalha entre os direitos dos consumidores e os interesses da indústria dos videojogos está, assim, oficialmente lançada em Bruxelas.



from TugaTech https://ift.tt/2aj8JVW
https://ift.tt/b5RqUyd

Post a Comment

0Comments
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.

Share your thoughts here.

Share your thoughts here.

Post a Comment (0)

#buttons=(Accept !) #days=(20)

Our website uses cookies to enhance your experience. Learn More
Accept !
To Top